1) - O materialismo histórico deve contar com a teologia e considerar não
só as questões materiais, mas também as espirituais. (p. 241)
2) - Passado traz um índice secreto: escutamos algumas vozes do passado
que naquele contexto não eram escutadas. (p. 242)
3) - Na luta de classes, que é uma luta pelas coisas “brutas e materiais”,
também existem valores que não são materiais, como a confiança, a coragem, o
humor, a astúcia e a firmeza. (p. 243)
4) - O passado não pode ser visto como realmente foi, ele sempre é visto a
partir do ponto de vista do presente. (p. 243)
5) - A história seria então, uma releitura do passado a partir do
presente. (p. 243)
6) - Conhecer o passado significa conhecer uma recordação de um momento de
perigo, onde a classe dominante, o dominador, quer apoderar-se desta
recordação. O papel do historiador seria o de redentor. (p. 244)
7) - Os bens culturais são as ruínas da dominação, dos vencedores. Não há
documento da cultura que não seja simultaneamente um documento da barbárie. A
tarefa do materialismo histórico é escovar a história a contrapelo. (p. 245)
8) - Precisamos originar um estado de exceção. A regra sempre foi a
história da dominação, da barbárie. Criar um estado de exceção significa deixar
os oprimidos, os excluídos, os dominados assumirem o poder. (p. 245)
9) - A história foi construída até então, por uma visão progressista. Mas
não é isso que o anjo da história deve ver. Ele deve ver a destruição. As
ruínas que, diante dele, crescem até o céu. (p. 246)
10) - Não devemos desviar do mundo e de suas atividades. Vemos três
aspectos da mesma realidade: o progresso dos políticos, sua confiança no apoio
das massas e uma subordinação servil a um aparelho incontrolável. É custoso a
nosso hábito mental recusar esta realidade. (p. 246)
11) - A social-democracia fez a classe operária alemã acreditar no
progresso através da exaltação do trabalho, visto como “a fonte de toda a
riqueza e toda a cultura”. Outra crítica de Benjamin é que o Marxismo vulgar
não examina a questão de como os produtos do trabalho podem beneficiar os
trabalhadores que não dispõe deles. O interesse do marxismo vulgar dirige-se
apenas aos progressos na dominação da natureza, e não aos retrocessos da sociedade.
(p. 247)
12) - Em Marx, “o sujeito do conhecimento
histórico é a própria classe combatente e oprimida” e sua tarefa seria de
consumar a libertação das gerações passadas. Já a social-democracia atribui à
essa classe combatente e oprimida, a classe operária, a tarefa de libertar as
gerações futuras. (p. 249)
13) - Assim como Benjamin
critica a ideia de uma história progressista da humanidade, também critica a
ideia de seu andamento em um tempo vazio e homogêneo. (p. 249)
14) - Segundo Benjamin, a
história é construída não em um tempo homogêneo e vazio, mas num tempo
preenchido de “agoras”. (p. 249)
15) - O tempo do calendário é
diferente do tempo dos relógios. (p. 250)
16) - O historicismo apresenta
a imagem eterna do passado. O materialismo histórico faz desse passado uma
experiência única. (p. 250)
17) - O historicismo culmina na
história universal, já a historiografia materialista, distancia-se dela. A
história universal não tem armação teórica, mas se utiliza da massa dos fatos
para preencher o tempo vazio e homogêneo. A historiografia materialista tem em
sua base um princípio construtivo e avalia a mobilidade de ideias, dando
oportunidade revolucionária na luta pelo passado oprimido. (p. 251)
18) - Faz uma comparação da
história dos Homo sapiens com a história do homem civilizado. A história do
homem civilizado seria mísera diante de toda história da humanidade. (p. 252)
Oi, parabéns! Adorei o fichamento, me ajudou bastante. Há tempos que buscava por algum material relacionado a memória e história, especialmente do Walter Benjamin, necessitava citá-lo em um trabalho literário sobre a memória e infelizmente meu professor não deu a correta referência da obra, só me disse o autor. Finalmente encontrei a obra correta. Obrigado e continue com este excelente trabalho.
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